quarta-feira, 29 de julho de 2009

Uma rapidinha no meio da tarde

Aproveitando uma folguinha aqui na escola, lá fui dar uma fuçada no Gazeta Online e olha o que achei:

"Secult publica resultado do edital de circulação de espetáculos"
http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/divirta_se/thezone/index.php

E qual a novidade? Nenhuma! Boa parte é a mesma galerinha de sempre.
Mas não vou criticá-los não. Vou criticar é VOCÊ, que tem banda, produz shows e não tem grana pra ir mais longe. O GOVERNO TEM!! Se esse povo pode mamar nas tetas públicas pra fazer seu som, você também pode!

Eu não, porque não tenho mais banda, nem tenho as manhas de produzir eventos.

Só fica a dica: fique de olho no site da secretaria de cultura. Vamos tirar essa grana da panela =D

E dá licença, que Isaura precisa voltar ao tronco (ui).

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Bendita segunda-feira!

E como esse boteco aqui não tem a menor intenção de ser “jornalístico” ou coisa que o valha, não vou me preocupar com introdução, ou algo que faça isso aqui ter algum sentido.


Tou ouvindo Octahedron, o novo do Mars Volta com um sorriso na cara. Sempre achei a banda muito bacana, mas as músicas me exigiam uma audição mais atenciosa. Assim como Atom Heart Mother, do Floyd, precisava de tempo e calma, coisas mais que difíceis de se ter ultimamente.

E o tal disco “acústico”, ainda é aquela viagem progressiva, que passa pelo Punk, pelo Metal e pelo Hard. Só que agora as músicas não passam de 8 minutos, têm belas melodias (dá até pra cantar junto =D) e uma interpretação magistral. Do acústico como conhecemos, não tem praticamente nada.

Pra mim, que sempre me senti meio parada nos 70’s (meio?!) e sempre reclamei das bandas atuais (isso desde o declínio do “grunge”), é ótimo ouvir uma banda verdadeiramente criativa e cativante como o Mars Volta.

Espero que venham logo ao Brasil =D

Let the wheels burn
Let the wheels burn
Stack the tires to the neck
with the body inside...

E falando em falta de boas bandas nos dias de hoje, isso naturalmente não se aplica ao Metal. Ao contrário do Rock, que entrou em desgaste, o Metal tem produzido cada vez mais bandas e trabalhos interessantes. Claro que também tem umas porcarias por aí... Mas bem menos.


E pra provar que o Heavy/Metal é forte, posso afirmar que é o único gênero no ES que realmente tem de fato, algum reconhecimento fora do estado. Claro que não conto Roberto Carlos, Sérgio Sampaio e Mukeka di Rato.

Mas atualmente, as bandas de Metal capixabas tem conquistado um público cada vez maior. Os mecanismos de divulgação são os mesmos de qualquer outra banda. A questão é a qualidade do trabalho dessas bandas. E o fato delas não dependerem do governo, nem da imprensa.

Aí, vc fala: “Ah, mas isso porque é underground”. Claro! Nenhuma de nossas bandas aceitaria tocar no Faustão!


Aliás, o Andreas Kisser já tocou lá? Bom, se tocasse, não me surpreenderia mais...


Tou aqui falando esse monte de abobrinha e acabei esquecendo do assunto principal.

No post anterior, reclamei que a Gazeta não havia falado nada sobre a conquista da Silence Means Death em se apresentar no Wacken Open Air. E na sexta-feira, fico sabendo que o jornal do meio-dia, havia feito uma matéria sobre a banda. Vi ontem no site e achei bem bacana. Mas isso tem uma razão: Nick Teixeira.

Sempre achei meio estranho ver reportagens dele sobre batida de caminhão, essas coisas caóticas. Mas na hora de falar de música (mais precisamente o Rock e Metal), o cara sabe o que diz. Só me irritou a chamada “banda de rockeiros”. A banda é de HEAVY METAL, porra!! E eles não são “rockeiros”. São MÚSICOS! Essa tachação de “rockeiro”, me leva à mente uma criatura de sobretudo, All Star cano longo e uma camisa do Linkin Park, no terminal de Carapina! ME-DO.


E quanto à SMD, a esta altura, os caras já estão a caminho de Hamburgo. Em Wacken, disputarão com bandas do resto do mundo, um contrato com uma gravadora da Europa e seis meses de shows por lá. É o sonho de qualquer banda!

Sem brincadeira, o WOA é a meca de todos que amam Metal. Tem de ir pelo menos, uma vez na vida.

Dois documentários, Metal: A Headbanger’s Journey e Global Metal, de Sam Dunn, mostram bem a grandiosidade desse festival.

E pra terminar, um clipezinho da SMD, que foi trampo da facul. Tá tosco, mas é meu! (agora fui ver, só tem uma estrelinha, LOL).

Agora chega, né!


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Omelete Marginal é meu ovo!!


Não me canso de repetir essa frase. E quase ninguém entende.
Vou explicar: Omelete Marginal foi um prêmio criado ano passado, por um site chamado Intervenções Urbanas (IU), para escolher os “melhores na cena artística” do ES.
A escolha até começou de forma democrática, com formulários onde os internautas escolhiam seus favoritos nas mais diversas áreas. Houve inclusive uma tentativa minha, em colocar o TERRITÓRIO DO ROCK na disputa pelo “melhor programa de rádio”. Com a ajuda de André Daher e KK Faé, fizemos uma boa divulgação entre os ouvintes. Mas pela dificuldade de se encontrar o tal formulário (ou por falta de interesse mesmo, ainda não sei direito), o número de votos não foi o suficiente para participarem da premiação.

E ela aconteceu, cheia de badalações, como se fosse um “Prêmio Multishow” capixaba. E se você quisesse ir, seu pobre? Claro que não poderia!! Era restrito a convidados (leia-se figurinhas carimbadas da Rua da Lama).
Como parte do pacote, um “megaconcerto” na Praça do Papa. Tudo muito moderno, muito cult, muito conceitual. Mas um público de duas mil pessoas onde cabem trinta mil, pode ser considerado fracasso, não? E olha que era de graça, hein!!

Lembra do Dia D? Era um festival realizado na mesma Praça do Papa, que reunia desde a mais podre banda underground, até algumas figurinhas da nossa “panela de barro”. E, ao contrário do Omelete Marginal, o objetivo não era segregar e sim, unir todas as formas de expressão artístico-musical no estado. Deu certo por alguns anos, chegando até a ter projeção nacional. Poderia ter chegado ao nível de um Abril Pro Rock (de Recife) ou um Porão do Rock (de Brasília). Mas por tretas fora do âmbito musical (não vou entrar nesse mérito), o festival miou em 2003.

Voltando ao meu ovo, ops, ao omelete... numa tentativa de “evoluir”, resolveram escolher meia dúzia de “destaques” no cenário, arrumaram uma bela grana com a prefeitura de Vitória e resolveram viajar. Se você mora em Vitória, saiba que pagou pra essa galera “levar a música capixaba” pro Rio, Sampa e Curitiba. Está feliz?
O que ainda não consegui descobrir foi o impacto disso tudo por onde passaram. Sim, procurei no deus Google alguma menção desta empreitada na imprensa de fora. Uma nota de divulgação no Guia Folha Online, no site da MTV e em alguns blogs, (coisa que até você consegue). Nada relevante, comparado ao fuzuê causado pela imprensa dominante local.

Tou aqui falando esse monte, mas de forma alguma minha intenção é desmerecer os músicos sortudos, que viajaram na faixa pra tocar por aí. Alguns, odeio com todas as forças. Outros, simplesmente não me interessam. Mas esse povo não é bobo. Chamaram o André Paste, único talento promissor no meio. Este sim, está bem cotado nas publicações especializadas e pode de fato, se dar bem fora daqui. Pra quem se interessa por mashup, o guri manda muito bem. Mas não precisa dessa papagaiada toda. E nem pode salvar a pátria.

Sei que essa ladainha toda não vai chegar a lugar algum. Só acho tão estranho que, num lugar tão pequeno como Vitória, onde todo mundo se conhece, alguns poucos se coloquem como “formadores de opinião” digam quem é artista e quem não é. É, no mínimo, ridículo ver toda essa tentativa em se estabelecer um mainstream, já que qualquer um desses “popstars” são encontrados facilmente pela Rua da Lama e pela UFES.

Soma-se a isto, a contribuição da imprensa dominante local. Festejam uma suposta turnê européia de um grupo, quando sabemos perfeitamente que esse grupo ficou na casa de amigos e tocou na rua. Isso lhe parece maistream?

Esse ufanismo não é novidade no ES. Alguns que realmente conseguem destaque fora do estado (por fazerem o som da moda), são tratados como verdadeiras celebridades. Os que têm sobrenome e poder, também. Só que este segundo grupo ainda não percebeu que nunca vai chegar a lugar algum. Qual é o problema dessa gente, meu Jah?

Enquanto isso, no nosso mundinho underground, uma banda capixaba foi a escolhida para representar o Brasil no Waken Open Air, maior festival de Metal do mundo, na Alemanha.

Saiu na Gazeta?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Chickenfoot, o supergrupo dos anos 2000

O supergrupo clicado por ninguém menos que Ross Halfin

Joe Satriani, todo mundo conhece. Um dos maiores e mais criativos guitarristas do mundo, co-fundador do G3, vendeu milhões de álbuns mundo afora e músico mais que consagrado.

Mas Joe nunca quis ser o dono dos holofotes. Sonhava em apenas ser o guitarrista de uma puta banda. E depois de mais de vinte anos de carreira, parece ter conseguido.

Eis que meio de brincadeira, numa jam com Sammy Hagar, Michael Anthony (ex Van Halen) e Chad Smith (Red Hot, Glenn Hughes), o sonho de Satriani se realiza na forma de um pé de galinha! Chickenfoot é um nome bem estranho, não?

E como garantem os integrantes, Chickenfoot é uma banda sim, e não apenas mais um projeto paralelo.


O primeiro play foi lançado em junho e já causou alvoroço em todas as publicações especializadas. Afinal de contas, não é todo dia que aparece um supergrupo, né!

Posto isso, vamos ao play.


O que esperar de caras com tal currículo? Um Rock adulto, conectado com os tempos atuais, alheio às modinhas. Hard Rock, Funk, virtuosismo, feeling, tudo junto!

Particularmente. destaco Future in the Past, baladinha (lembrando um pouco Thank You, do Led Zep), que passa pelo funk e acaba em um baladão Hard Rock. Viagem total. Em seguida, Turnin’ Left. Inevitável não lembrar dos últimos trampos de Glenn Hughes. Afinal de contas, Chad Smith teve presença fundamental naqueles álbuns. Posso até chamar de Hard Funk. My Kinda Girl é aquele hardão clássico que te faz levantar e sair dançando. Minha favorita. Get it Up é minha segunda favorita. O refrão “Get it up! Arriba arriba!” gruda fácil. Oh Yeah é o primeiro vídeo e também de refrão grudento. Sexy Little Thing é um hardão da melhor qualidade. E é invevitável não lembrar do Van Halen no hard-blues Soap on a Rope.


Dá pra perceber claramente que o lance de Satriani é mesmo ser “apenas” o guitarrista de uma banda. Ele consegue combinar perfeitamente feeling, criatividade e virtuose, sem parecer “punheteiro”, como alguns por aí. Chad e Mark formam uma cozinha muito competente, responsável pela pegada Hard e Funk. Sem eles, certamente a levada não seria a mesma. Aliás, na minha humilde opinião, Chad Smith é um dos bateristas mais cheios de personalidade que conheço. E Sammy Hagar está em excelente forma, com um vocal nervoso, sem aqueles gritos que costumava mandar no Van Halen.


Em tempos onde nos sentimos afogados por insuportáveis bandinhas emo e indie, os professores vêm dar uma pequena lição de Rock. Vale a pena dar uma escutada.

Eis o primeiro vídeo, “Oh Yeah”


Mais info: http://www.myspace.com/thechickenfoot